Dra. Renata Pinchiari

Peelings químicos: Tire suas dúvidas sobre esse tipo de procedimento

Dra Renata Pinchiari

Os peelings químicos são procedimentos esfoliativos realizados no consultório. Assim como o famoso Protocoll e a aplicação de produtos tópicos de uso diário, podem ser incorporados a qualquer tipo de prática dentro da Harmonização Orofacial. O objetivo dessas terapias é a ajudar os pacientes a obter uma pele mais saudável, de melhor aparência e mais jovem.

Os peelings químicos também são realizados frequentemente para manter e melhorar os resultados de outros procedimentos estéticos como os preenchimentos faciais, bioestimuladores de colágeno e também o Botox.

Como digo sempre: o sucesso está na associação de técnicas e no cuidado prévio com a pele. É necessário cuidar e tratar a pele antes de mais nada. Assim, os peelings e Protocoll são super indicados.

Por que esfoliar? Renovar a pele?

A esfoliação periódica da pele realizada por meio de procedimentos como os peelings químicos, combinada com o uso de Homecare. Aliados à aplicação domiciliar diária de produtos de cuidado da pele, essas terapias melhoram a função e a aparência geral da pele. Além disso, são eficazes no tratamento de alterações da pele foto envelhecida, devido ao excesso de luz solar ou luz branca.

Essa esfoliação remove as camadas mais externas da pele, através de métodos químicos. Os efeitos desse procedimento na pele estão baseados nos princípios da cicatrização de feridas. Ou seja, cicatrização controlada da epiderme com remoção das camadas superficiais da pele, que estimula a renovação das células e forma estruturas mais saudáveis na epiderme e derme.

O processo natural de turnover das células cutâneas é uma sequência complexa de etapas que resultam no desprendimento das células cutâneas mortas localizadas na camada mais externa da pele (camada córnea).

O processo de renovação celular é facilmente danificado pelo envelhecimento, doenças cutâneas e agressões ambientais. A descamação anormal confere uma aparência opaca, sem brilho e torna a pele seca e áspera, além de ser um fator fisiopatológico fundamental em muitos distúrbios cutâneos comuns.

Como os peelings químicos podem ajudar?

Os peelings químicos agem na regulação do processo de renovação celular natural da pele, estimulam a produção dos componentes da matriz extra celular, incluindo colágeno e glicosaminoglicanos. Agem, também, na distribuição de melanina e na função de proteção da epiderme.

  • As alterações histológicas observadas na pele após vários tratamentos esfoliativos incluem:
  • Extrato córneo mais fino e homogêneo;
  • Aumento da espessura da derme;
  • Ampliação da produção de colágeno e elastina;
  • Melhora da hidratação da pele.

Melhoras clínicas podem ser observadas na textura áspera da pele, rugas finas, diâmetro dos poros, cicatrizes superficiais de acne, na acne propriamente dita e na hiperpigmentação.

O que se usa nos peelings químicos?

Os compostos utilizados são, em sua maioria, ácidos aplicados topicamente. O objetivo do procedimento é remover as camadas mais superficiais da pele. Com base em sua profundidade de penetração na pele, os peelings podem ser classificados: superficial, médio e profundo.

Atualmente, os peelings superficiais são os mais escolhidos, pois agridem menos a pele. Isso significa que causam menor descamação cutânea. Normalmente, são realizadas diversas sessões para chegar ao resultado esperado.

Indicações dos peelings químicos:

Os peelings químicos poderão ser indicados em diversas situações, além de aliados a
outras terapias. Veja as principais indicações:

  • Textura áspera;
  • Linhas e rugas finas;
  • Rejuvenescimento facial;
  • Hiperpigmentação;
  • Poros dilatados;
  • Cicatrizes e marcas superficiais de acne;
  • Pele opaca e sem brilho;
  • Manchas e melasmas;
  • Entre outros.

Cuidados pré peelings:

Antes de realizar uma sessão de peeling, a pele do paciente deve ser previamente preparada com o auxílio de um creme pré peeling. O profissional irá indicar o produto certo, conforme o peeling que foi eleito.

O pré peeling já remove algumas células mortas da pele, deixando a pele mais homogenia. Também ajuda a evitar problemas e complicações pós peeling.

Tipos de peelings:

Podemos classificar os peelings como superficiais, médios e profundos. Entenda melhor:

  • Superficiais: agem no nível da epiderme, corrigindo alterações superficiais da pele.
  • Médios: agem mais profundamente, na epiderme e derme, em lesões mais
    profundas.
  • Profundos: agem na camada basal da derme, o fenol, peeling realizado em centro
    cirúrgico.

Vamos conhecer mais, também, sobre os tipos de ácidos utilizados nos peelings químicos:

Peeling de acido glicólico:

O ácido glicólico é um alfa-hidroacido (AHA), derivado da cana-de-açúcar, altamente solúvel
em água. Usado para um peeling superficial, suas principais indicações são:

  • Ceratoses actínicas e seborreicas
  • Melasma
  • Acne
  • Rugas finas
  • Fotoenvelhecimento
  • Pele desidratada

Contra-indicações:

  • Pele negra
  • Gestante
  • Cicatrizes hipertróficas
  • Herpes
  • Eritema persistente

Peeling de ácido retinoico:

O ácido retinoico é derivado da vitamina A ácida. Seu efeito é promover a esfoliação e a estimulação de colágeno, que é responsável pela firmeza da pele. Outra função é reorganizar as fibras elásticas danificadas pela exposição solar e ainda melhorar a irrigação da pele. Indicações:

  • Fotoenvelhecimento
  • Acne
  • Manchas
  • Alterações superficiais da pele.

Contra indicações:

  • Gestantes
  • Herpes ativa
  • Rosácea
  • Acne inflamatória ativa

Peeling de ácido mandélico

O ácido mandélico é um alfa-hidroxiácido, obtido de amêndoas amargas. Utilizado no tratamento de acne e hiperpigmentações.

Esse ácido pode ser usado em várias formas: peeling, como creme rejuvenescedor em combinação com as vitaminas A, C, E, para o tratamento de espinhas e para clarear manchas. Os resultados demonstram melhora de rugas finas e linhas de expressão, bem como a textura da pele.

Peeling de ácido salicílico

O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido, excelente para o tratamento de acne. Apresenta propriedade queratolítica, isso é, esfoliante, e também ação antibacteriana. Seu uso afina a camada espessa da pele e age evitando a contaminação que as feridas de acne provocam pela presença de bactérias e fungos.

Sua vantagem que, além de apresentar importante ação hidratante, ele regulariza a oleosidade da pele e, em comparação com o ácido glicólico, é menos irritante e leva a melhora da pele foto envelhecida.

Ácido Tricloroacético (ATA ou TCA)

O ácido tricloroacético nos permite realizar desde um peeling superficial a profundo, dependendo da concentração e quantidade utilizada. Ótimo para tratamento de manchas, melasma e cicatrizes de acne. Indicações:

  • Rugas finas
  • Melasma
  • Queratoses actínicas
  • Efélides
  • Fotoenvelhecimento.

Promove uma descamação intensa na pele, mas que vale a pena, são resultados maravilhosos!

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